O trabalho sistémico fenomenológico vem a partir da concepção da vida, do fluir no desenvolvimento natural. Estamos inseridos dentro de um grande sistema contínuo, de diversos elementos que se interagem e de certa forma são inter-dependentes uns com os outros.
Nenhum organismo é um sistema estático, fechado ao mundo exterior; e sim um sistema aberto num estado (quase) estacionário, onde há uma constante troca de informações entre os mais diversos níveis.
Não temos como falar de constelação familiar sem falar da visão sistémica.
Nascemos dentro de um sistema familiar, que existe há muitos anos e onde não sabemos direito o seu histórico por completo. Foram gerações atrás de gerações, com muitas histórias, acontecimentos, e situações felizes e trágicas.
Herdamos através dos nossos pais e ancestrais toda a carga morfogenética (morfo=forma) e não damos conta dos padrões, das crenças e até mesmo das repetições de histórias (padrões) dentro da nossa família.
Por exemplo, quando temos algum comportamento como violência, ciúmes, envolvimentos com drogas, ou sentimentos de depressão entre outras manifestações, muitas vezes podemos estar identificados com um membro da família seja pai, avô, tio ou mesmo de gerações ainda anteriores, sejam elas pessoas vivas ou falecidas.
O trabalho de constelação familiar é uma oportunidade de identificarmos de forma consciente o que está a acontecer com o sistema familiar, podendo assim resolver os conflitos a partir da escolha interna de cada um.